Jorge Ferreira é o actual director criativa da casa VICRI, desde 2008.
Uma marca que brevemente irá completar 30 anos de existência, e que desde a inclusão de Jorge em 2008, já vestiu desde Hugh Grant, Robbie Williams, Manuel Luís Goucha.. e se apresenta renovada de seis em seis meses a desfilar no Portugal Fashion.
No entanto, o que mais interessa, é o Homem que está por detrás da marca, a mente criativa e brilhante, que projecta qualidade, irreverência e luxo nas suas criações.
THERAPA BY CHARLY: Jorge, como é que a Moda entra na sua vida?
JORGE FERREIRA: Sempre estive ligado de alguma forma à Moda. Quando tive de optar pela área a seguir foi decisão imediata.
THERAPA BY CHARLY: Como achou a sua identidade como designer?
JORGE FERREIRA: A minha identidade ficou marcada aquando da colaboração com a Silva & Sistelo. Eram fabricantes de produto masculino estruturado e foi aí que percebi que essa era a área a que me queria dedicar. Apesar de ser um produto mais técnico e exigente, essa complexidade revelou-se determinante no que faço hoje.
THERAPA BY CHARLY: Qual a principal diferença do Jorge Ferreira no inicio de carreira, para o actual?
JORGE FERREIRA: Estou mais maduro, mais ponderado. O percurso profissional também me obrigou a entender a dualidade da moda conjugando a criação com o lado comercial. Isso é fundamental e só se interioriza com a experiência.
THERAPA BY CHARLY: Quão importante é para si desafiar-se a si mesmo coleção após coleção?
JORGE FERREIRA: Estou mais maduro, mais ponderado. O percurso profissional também me obrigou a entender a dualidade da moda conjugando a criação com o lado comercial. Isso é fundamental e só se interioriza com a experiência.
THERAPA BY CHARLY: Quão importante é para si desafiar-se a si mesmo coleção após coleção?
JORGE FERREIRA: Para mim não é um desafio, é a parte que mais aprecio no meu trabalho. Ao fim de uma estação ter de se “arrumar” as ideias e recomeçar de novo é revigorante. Adoro.
THERAPA BY CHARLY: Nos últimos anos, presenciamos mudanças profundas que abalaram os alicerces do sistema
da Moda, o modo de comunicação foi alterado, a forma de compra foi alterada. Como é que vê o cenário atual? Quais os pontos positivos e os aspetos negativos desta nova realidade?
JORGE FERREIRA: Não vejo aspetos negativos. Acho que temos de nos adaptar ao que o mercado quer e ir de encontro a essas necessidades e exigências. Temos de estar atentos e acompanhar. Devemos contudo ser cautelosos porque essas mudanças não são de todo uniformes e há mercados que não acompanham ao mesmo ritmo.
THERAPA BY CHARLY: É difícil conciliar o lado comercial e criativo? Valentino disse que atualmente um designer de moda quase que tem que ter mais capacidades de manager do que de criativo. Concorda?
JORGE FERREIRA: Sem dúvida alguma. Tal como disse anteriormente a experiência obriga-nos a olhar para a moda como um negócio e não apenas algo artístico. Temos de ser criativos mas também estarmos cientes do que o mercado está preparado para ver e consumir. Também acho mais gratificante quando o criativo está diretamente envolvido em todas as fases do desenvolvimento do produto desde a sua criação à comercialização. Só dessa forma terá a certeza absoluta de que o resultado final espelha a visão inicial das suas criações. Isto nem sempre é possível em todas as estruturas corporativas mas eu prefiro trabalhar desta forma.
THERAPA BY CHARLY: Pode sucesso e bajulação constante ser perturbador?
JORGE FERREIRA: Não. Devemos dar a importância devida. Esta estação podemos ter muito sucesso e na seguinte passar despercebidos. Temos de estar preparados para a leitura crua do nosso trabalho quer pelos críticos quer pelo mercado. Devemos ter em consideração as opiniões positivas e negativas mas de forma ponderada, caso contrário perdemos identidade.
THERAPA BY CHARLY: Há algum livro/filme/álbum que recomende a jovens criativos quando estão à procura de inspiração?
JORGE FERREIRA: Eu tenho, todas as estações, as minhas inspirações. Não há especificamente um filme, livro ou algo que possa recomendar para inspirar alguém. Cada um deve fazer uma introspecção e decidir que rumo quer dar à sua criação. A inspiração vem de tudo o que nos rodeia, basta estar atento e permeável à mesma.
JORGE FERREIRA: Não vejo aspetos negativos. Acho que temos de nos adaptar ao que o mercado quer e ir de encontro a essas necessidades e exigências. Temos de estar atentos e acompanhar. Devemos contudo ser cautelosos porque essas mudanças não são de todo uniformes e há mercados que não acompanham ao mesmo ritmo.
THERAPA BY CHARLY: É difícil conciliar o lado comercial e criativo? Valentino disse que atualmente um designer de moda quase que tem que ter mais capacidades de manager do que de criativo. Concorda?
JORGE FERREIRA: Sem dúvida alguma. Tal como disse anteriormente a experiência obriga-nos a olhar para a moda como um negócio e não apenas algo artístico. Temos de ser criativos mas também estarmos cientes do que o mercado está preparado para ver e consumir. Também acho mais gratificante quando o criativo está diretamente envolvido em todas as fases do desenvolvimento do produto desde a sua criação à comercialização. Só dessa forma terá a certeza absoluta de que o resultado final espelha a visão inicial das suas criações. Isto nem sempre é possível em todas as estruturas corporativas mas eu prefiro trabalhar desta forma.
THERAPA BY CHARLY: Pode sucesso e bajulação constante ser perturbador?
JORGE FERREIRA: Não. Devemos dar a importância devida. Esta estação podemos ter muito sucesso e na seguinte passar despercebidos. Temos de estar preparados para a leitura crua do nosso trabalho quer pelos críticos quer pelo mercado. Devemos ter em consideração as opiniões positivas e negativas mas de forma ponderada, caso contrário perdemos identidade.
THERAPA BY CHARLY: Há algum livro/filme/álbum que recomende a jovens criativos quando estão à procura de inspiração?
JORGE FERREIRA: Eu tenho, todas as estações, as minhas inspirações. Não há especificamente um filme, livro ou algo que possa recomendar para inspirar alguém. Cada um deve fazer uma introspecção e decidir que rumo quer dar à sua criação. A inspiração vem de tudo o que nos rodeia, basta estar atento e permeável à mesma.
THERAPA BY CHARLY: Se pudesse unir força com outro designer/marca para uma coleção qual seria o que gostava de colaborar e porquê?
JORGE FERREIRA: Sem hesitar Tom Ford. Porque me reconheço nas suas criações, porque tudo o que faz é sofisticado e luxuoso.
THERAPA BY CHARLY: Que características procura quando contrata assistentes?
JORGE FERREIRA: Não tenho assistentes. Tenho uma equipa extremamente profissional e auto suficiente e que me conhece bem. Mesmo que não esteja presente em alguma tomada de decisão tenho plena confiança nela. Para mim o mais importante é ser profissional, responsável e dedicado.
THERAPA BY CHARLY: O que seria se não fosse Designer?
JORGE FERREIRA: Não me via a fazer outra coisa.
THERAPA BY CHARLY: Considera-se perfeccionista?
JORGE FERREIRA: Não me considero perfeccionista, considero-me exigente. Comigo e com os outros.
THERAPA BY CHARLY: Isso é um problema, na indústria da Moda, a busca da perfeição?
JORGE FERREIRA: É, e não é nada fácil superar. É recorrente ter de executar ajustes à criação original por força das limitações de produção. Mas o objetivo é sempre o mesmo, qualidade acima de tudo.
THERAPA BY CHARLY: O que acha da nova vanguarda de Designers de Moda? Há algum jovem designer que lhe desperte interesse e que sinta curiosidade em seguir o seu percurso?
JORGE FERREIRA: Há sempre novos designers a surgir e acompanhar estes novos talentos faz parte do processo criativo. Não há um em particular há vários e em Portugal temos boas opções todos os anos, basta acompanhar o projeto AcrobActic.
JORGE FERREIRA: Há sempre novos designers a surgir e acompanhar estes novos talentos faz parte do processo criativo. Não há um em particular há vários e em Portugal temos boas opções todos os anos, basta acompanhar o projeto AcrobActic.
THERAPA BY CHARLY: A sua vida é tudo que desejaria?
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